A performance de Demi Lovato com a Neon Lights Tour, no último domingo (23), em Charlotte, NC, aparentemente não agradou a todos. O jornalista Théoden Jane, do site Charlotte Observer, comentou sobre a apresentação da cantora, destacando ospontos fortes e fracos da mesma. Confira abaixo o artigo:
De certa forma, a turnê Neon Lights, de Demi Lovato, é um grande e gordo clichê.
Ela subiu no palco na Arena Time Warner Cable na noite de domingo elegantemente atrasada (infelizmente, levando em conta que era uma noite de escola); ela preencheu o tempo entre uma música e outra com frases ensaiadas, como “Eu estou tão animada por estar aqui” e “Eu realmente tenho a base de fãs mais incrível” (talvez seja verdade, mas ainda assim, terrivelmente banal); e havia um enorme telão que transmitia imagens dela em seus clipes, desde natação subaquática até a neve, sendo cercada por chamas e repousando sobre um capô.
Havia luzes coloridas, gelo seco, máquinas de vento, a dependência de um aplicativo celular que emitia flases de neon… Ah, e canhões de confete ao final. Eu poderia ter apostado $ 1.000,00 em dólares americanos que haveria canhões de confete – e eu teria vencido.
Sim, se há um modelo para uma grande performance, a ex-estrela do Disney Channel e ex jurada do The X Factor USA encontrou, estudou-o e seguiu até o fim.
E, entretanto, Demi consegue ser interessante o suficiente para shows que estão fora da idade dela, no núcleo de meninas de 12 – 17 anos de idade.
Primeiramente, Lovato não pareceu estar em sincronia labial, algo que, infelizmente, acontece com frequência quando se trata de pop shows nesta arena (sua amiga Selena Gomez, por exemplo, fez mímica de várias canções quando ela esteve aqui em outubro).
Sua voz não é algo surpreendente, mas é certamente muito boa – ela se mantém sob controle (uma versão acapella de ‘Catch Me’ foi de uma afinação perfeita), tem uma maturidade que funciona bem em ‘Skyscraper’, e ela injeta insolência em números mais otimistas, como em ‘Really Don’t Care’.
Demi é mais do que apenas assobios também. Ela tocou bateria antes de lançar um energético B-Side ‘The Middle’, e se sentou ao piano para a emocionante música ‘Warrior’, e tocou brevemente em uma guitarra, afastada, durante o rock de ‘Got Dynamite’.
Ela se sobressaiu muito bem em ‘Made In The USA‘, entregou um melancólico ‘Don’t Forget‘, ficou confortável durante ‘Here We Go Again‘, e se tornou uma diva do rock em ‘Remember December‘, balançando seus cabelos.
Com a sorte que teve, Lovato também está ligada a uma das músicas ligadas a um dos filmes mais emblemáticos da década.
Então, quando começou a cantar ‘Let It Go‘, na versão pronta para as rádios, do filme de animação da Disney ‘Frozen‘, em certa de dois terços do show de 73 minutos no domingo, os fãs ficaram em êxtase. A sua versão não pode ser comparada à versão de Idina Menzel, estrela da Broadway, mas ela tem seu lugar e agrada o público (embora tenha sido extremamente decepcionante o fato de que a banda se perdeu nas grandes notas ao final da música).
Apesar das referências sobre a passagem de Demi Lovato pela reabilitação, por vício em cocaína e suas lutas contra automutilação e transtorno bipolar – o que provavelmente atingiu a cabeça dos fãs – o show inteiro era familiar. Não havia um único palavrão, não havia nenhuma insinuação, a barriga dela nunca foi exposta.
Isto é muito bom para ela. Esses são clichês que nós, pais, não podemos viver sem.
É certo que, para Théoden, o show não foi nada mais do que o esperado. Ele não foi o único que não se sentiu impressionado após o show, o jornalista Jim Harrington, do San Jose Mercury News, disse que Demi ‘falhou ao tentar impressionar‘ na Neon Lights Tour. Certamente, todo artista é passivo de críticas, tanto positivas, quanto negativas, e Demi Lovato vem enfrentando constantemente as mesmas.
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